O Livro de Isaías é um livro profético do Antigo Testamento, escrito pelo próprio profeta visionário no século VIII AC. Nele, Isaías faz muitas revelações sobre o futuro do povo de Israel e sobre o plano da salvação, incluindo profecias sobre o nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
O profeta visionário aborda diversos temas, mas sua principal preocupação é com a espiritualidade do povo de Israel. Ele apresenta uma mensagem de justiça contra a hipocrisia e os pecados de Israel, Judá e nações vizinhas como Babilônia e Egito, mas também uma mensagem de esperança e salvação.
Isaías era um homem que possuía a luz de Deus e não hesitava em deixá-la brilhar. Ele trabalhou para dar ao povo a clareza de sua hipocrisia, na esperança de que mudassem sua atitude.
O Livro de Isaías é o primeiro dos Profetas Maiores no Antigo Testamento Cristão e o primeiro dos Últimos Profetas no cânone Hebraico. Sua importância é refletida pelas mais de 400 referências diretas feitas a ele no Novo Testamento pelos evangelistas e apóstolos.
1. О HOMEM.
O nome Isaías significa *salvação do Senhor”, e salvação (livramento) é o tema central de seu livro. Isaías era casado, e chamaram sua esposa de “a profetisa” porque ela era casada com um profeta ou porque também possuía o dom de profetizar?
Teve dois filhos cujos nomes apresentavam significados proféticos: Sear-/asube (“Um-Resto-Volverá” ) e Maer-Salal-Hás-Baz (“Rápido-Despojo-Presa-Segura” ). Os dois nomes referem-se ao julgamento e à restauração das nações, dois temas importantes nas profecias de Isaías.
Isaías foi chamado para o ministério “no ano da morte do rei Uzias”; Diz a tradição que Manassés, sucessor do rei Ezequias, matou Isaías ordenando que o profeta fosse serrado ao meio ( o que não se encontra registrado nas Escrituras).
Ao ler as profecias de Isaías, percebemos que ele era extremamente próximo de Deus. Ele viu a glória do Filho de Deus e ouviu a mensagem do Senhor, e isso o motivou a tentar levar seu país de volta ao Senhor antes que fosse tarde demais. Isaías era um homem que amava profundamente sua nação. Era um patriota que sentia um amor verdadeiro por seu povo, e isso o impulsionou a trabalhar para que eles voltassem para Deus.
O profeta visionário também odiava o pecado e a falsa religião. Ele foi um homem corajoso que não temia denunciar reis e religiosos, nem se preocupava com a opinião pública correspondente. Com ousadia, anunciou a Palavra de Deus.
Isaías demonstrou uma habilidade especial para comunicar a verdade de Deus. Ao invés de apenas declarar fatos, o profeta envolve os ouvintes com uma linguagem impressionante, buscando despertar a consciência de uma gente cega e surda para as verdades espirituais.
2. OS REIS.
O profeta visionário profetizou nos dias de “Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá”. A nação tinha se dividido depois da morte de Salomão, porém o sacerdócio e o trono de Davi ficaram com Judá. As tribos de Benjamim e Judá uniram-se para formar o reino do Sul que é Judá, tendo como capital a cidade de Jerusalém.
Uzias tornou-se o único soberano e conduziu a nação aos seus melhores dias desde Davi e Salomão, reinando por cinquenta e dois anos. No ano da morte desse rei, Isaías recebeu o chamado para o trabalho do seu ministério.
Jotão tornou-se co-regente depois que seu pai foi acometido de lepra e mostrou ser um bom rei; Governou por dezesseis anos. Já Acaz não foi um dos bons reis de Judá; fez alianças políticas que acabaram amarrando Judá à Assíria, Isaías advertiu-o que suas alianças com os gentios não iriam funcionar e encorajou-o a confiar somente no Senhor.
O rei Ezequias reinou vinte e nove anos e foi um dos grandes reis de Judá; liderou seu povo de volta a Deus. Construiu o famoso sistema de fornecimento de água que existe até hoje em Jerusalém. e ainda teve um pequeno período no reinado de manassés. Todos os sucessores de Ezequias conduziram a nação a uma decadência política e espiritual, culminando com o cativeiro na Babilônia.
O ministério de Isaías estendeu-se por um período de cinquenta anos; Foi uma época difícil, de conturbações internacionais, em que potências sucessivas ameaçavam a nação de Judá.
3. A MENSAGEM.
O profeta visionário começa seu livro com uma série de sermões condenando o pecado; Nessas mensagens, adverte sobre o julgamento e suplica pelo arrependimento. Na mesma época os profetas Amós e Oséias pregavam mensagens semelhantes ao povo do reino do Norte.
As nações gentias ao redor de Judá e de Israel não eram inocentes; Isaías condenou essas nações por seus pecados e preveniu-as do julgamento divino. Os reinos de Israel e Judá pecaram contra a lei de Deus e se tornaram ainda mais prejudicados do que seus vizinhos.
O profeta intercala mensagens de esperança com palavras de julgamento, mesmo enquanto declara sua ira, Deus se lembra de sua misericórdia. A nação de Israel seria destruída e as dez tribos acabariam assimiladas pelo império assírio. (Essa é a origem dos samaritanos, mestiços de judeus e gentios). Judá seria invadida e devastada, mas Jerusalém seria libertada pelo Senhor.
Isaías alertou urgentemente Israel e Judá sobre a aproximação da Assíria, que Deus usaria para castigar os dois reinos por seus pecados. Em algumas ocasiões, Isaías usa essa invasão para retratar o “Dia do Senhor”, aquele dia vindouro quando o mundo inteiro provará da fúria do Senhor.
Isaías tinha uma promessa para Judá: Deus livraria Jerusalém de seus inimigos por amor ao trono de Davi. Havia também uma palavra de esperança para os futuros judeus exilados na Babilônia: Deus iria resgatá-los e ajudá-los a restaurar sua nação e seu templo.
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4. O MESSIAS.
Devemos reconhecer que esse homem foi muito mais que um profeta, e também um grande evangelista que apresentou Jesus Cristo e as boas novas do evangelho. É essa ênfase sobre a redenção que torna a mensagem de Isaías relevante para o mundo todo. Isaías viu a grandeza de Deus e a enorme abrangência do plano divino de salvação para judeus e gentios.